sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Carta para um, que cabe no bolso de todos



Por Juliana Ramiro

O meu imediatismo agrada, ou ao menos o contrário te irritava nas outras pessoas, que até hoje sonham com um dia, quem sabe, fazer alguma coisa da vida. Tens medo de arriscar, pois não se permite errar e, por isso, sempre optou por pessoas que tivesse nas mãos, fazendo algo pra isso ou não.

Agora o brinquedo é diferente, merece uma dedicação maior. A insegurança que deveria te deixar alerta, deixa-te acanhada. Afinal, não foi alguém com iniciativa que tanto quis para tua vida? Isso tem um preço. Tudo tem um preço.

Entendo que não saibas lidar comigo, com essa insegurança. Hoje te amo, no dia seguinte vou seguir amando, porém, tenho uma única vida para ser feliz e milhares de possibilidades de caminhos para buscar isso. Para que, afinal, ficar meio feliz esperando dias melhores? Já viveste a morte tão de perto e ainda não consegues compreender o imediatismo da vida.

Comigo não é acomodação, meio isso, meio aquilo, comigo é felicidade plena - pra nós. Sei que existirão dias ruins, dias bons, e frente a isso, no mínimo, espero que driblemos as dificuldades de forma maestral, num verdadeiro espetáculo.

Sim, como tu sempre dizes, eu gosto de palco, de ser observada, recordada, aplaudida... e não me conformo em viver na plateia da tua vida.


É esse, realmente, o espaço que mereço ou tens medo de me dar mais?