segunda-feira, 31 de maio de 2010
E se este presente fosse a última noite do mundo?
Juliana Ramiro (2001)
Morrer, morrer projetando
Morrer amando, sonhando
Abandonar a vida
Sem nenhuma ferida
Abandonar meu rádio, o violão
Perder meus livros, a educação
Falar a todos a verdade
Sem nenhuma piedade
Dizer tudo que comigo guardo
Livrando-me deste grande fardo
Fardo de desilusão
Sinto-me um caminhão
Carregando a carga de ter nascido, crescido, vivido, sofrido, falado, sonhado,...
E enfim morrido
Ao leito de morte
Eu me sentiria enfim forte
Abandonaria meu fardo
E tudo por mim inventado
Seria um ser intocável
Frio e ao mesmo tempo, AMÁVEL.
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