Por Juliana Ramiro
O tal post do final do ano, neste ano, saiu um pouco atrasado, mas no momento certo. Antes de pegar a estrada e passar quatro dias maravilhosos com minha mãe e amigos estava mais preocupada em arrumar as malas e programar a melhor maneira de aproveitar o feriado do que fazer o balanço daquilo que o tempo deixou no passado. Já em casa, de volta ao trabalho e a rotina, sigo com algumas coisas que vivi nesses 4 dias indo e vindo na minha cabeça. Tais pensamentos me ajudaram a selecionar os pontos de partida daquilo que quero falar sobre 2011.
Amizade. Crescimento. Família.
Falando de amigos, posso dizer que foi um ano bem interessante. Conheci pessoas ótimas, renovei laços, refiz laços e me livrei de falsos amigos. Sigo com saudade dos que estão longe, e saudade dos que optaram por estar longe mesmo perto. Pensando nessas relações todas, já consigo perceber o meu crescimento. Perdoar um amigo e deixá-lo seguir suas escolhas, tendo plena certeza que aquela está longe de ser sua melhor opção de caminho eram atitudes que jamais imaginei ser capaz de ter, mas tive. Isso ainda me custa um pouco. Meu lado protetor grita frente ao erro e ao perigo. Fico com as pernas trêmulas, o coração apertado, triste, sem saber exatamente como me comportar.
Falando mais um pouco do meu crescimento, para os que acreditam em horóscopo, estou cada vez mais meu ascendente, o peixe. Meu sangue não ferve tanto, não tenho mais tanta necessidade de ser o rei da selva, não espero mais tanto das pessoas, desisti de esperar sempre uma recompensa e que os outros sejam tão firmes como eu. Acho que com os anos estou ganhando peso, cabelos brancos e um novo jogo de cintura. A repetição da palavra “tanto” e suas variações indica que ainda preciso evoluir mais.
Por fim, falando da minha família, quero agradecer pelo amor mas, acima de tudo, pela educação que tive. Hoje li um matéria que falava de um pai que, antes de morrer, entre várias iniciativas, escreveu uma carta para os filhos, com 28 lições de vida. De lá, destaco duas:
Evite rebaixar alguém para outra pessoa; isso só vai fazer você ser visto como mau. Se você tiver um problema com alguém, diga a ela pessoalmente. Suspenda fogo! Se alguém importuná-lo, não reaja imediatamente. Uma vez que você disse alguma coisa, não pode mais retirá-la, e a maioria das pessoas merece uma segunda chance.
Seja cortês, pontual, sempre diga “por favor” e “obrigado”, e tenha certeza de usar o garfo e a faca de maneira correta. Os outros decidem como tratá-los de acordo com as suas maneiras.
Como isso falta para as pessoas. Como tem gente que se sente menos e precisa avacalhar com os outros para se sobressair. Como tem gente rude, mal educada, que pensa que “é bonito ser feio” e que o mundo tem que agüentar porque “esse é o meu jeito”. Como tem gente sem noção, que não aprendeu nem a ser um bom vencedor, que dirá um bom perdedor. Para mim, isso tudo vem de casa e do quanto uma pessoa é capaz de crescer em cima da reflexão de uma lição. Então, agradeço aos meus pais por todas as lições dadas e ao meu cérebro e suas capacidades de entender tais ensinamentos e, de forma toda especial, pela sua capacidade de mandar-me respirar ao invés de falar.
Fecho esse post dizendo que minha frase para 2012 será:
Aprenda com quem tem mais, doe para quem tem menos.
3 comentários:
Ótimo post, Juzita! Realmente algumas pessoas esqueceram-se da boa educação, das coisas mínimas, dos detalhes que fazem toda a diferença.
Post perfeito para o início de ano!
Beijão!
Nanda.
Obrigada, querida. Super beijo pra ti. :)
Fantástico Ju! =) A medida que conseguimos crescer, percebendo que esse nosso crescimento INDEPENDE da "diminuição" do outro, a efetização desse fato é mais feliz e, sem dúvida, mais proveitosa!
Bela reflexão pra semana! =)
Beijos, MORRO de saudade!
PS: "Optei estar longe, mas que fique claro que esse "longe", pra mim, não passa de convenções que algum cientista inventou pra mensurar distâncias... te tenho sempre bem perto, te tenho sempre no coração!
TE AMO!
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