terça-feira, 25 de maio de 2010

FRAUDE NO ENSINO


(Texto meu publicado no Jornal Folha Guaibense no ano de 2002)


*PROFESSOR – Aquele que professa ou ensina uma ciência, uma arte; mestre; homem perito ou muito hábil.


Esses são os significados da palavra professor encontrados no dicionário. Ao refletir sobre eles, sinto que estão perdendo o sentido, a verossimilhança.
Sou estudante de uma escola particular em Guaíba, onde efetuei minha matrícula na busca de um ensino qualificado, devido a “precariedade” do ensino público, onde há uma escasez de professores, e uma lotação de profissionais frustrados, vindos de outras áreas.
Ao entrar na escola particular, vi que fui enganada. Seria incorreto da minha parte generalizar e dizer que não tive alguns verdadeiros mestres, pois tive, a minha grande surpresa foi encontrar pessoas que eram pagas para serem professores, mestres, e não faziam seus papéis.
Neste momento meu passado veio a tona e vi minha mãe, professora do Estado, trabalhando três turnos, dois em sala de aula e um que ela dividia entre a família e o planejamento das próximas aulas.
Comecei a compará-la com estes “professores” e cheguei a triste conclusão que, perdi muitas vezes minha mãe para a arte de ensinar, a magia do aprendizado em vão, pois seus esforços eram valorizados de igual ou até inferior forma a falta de esforços destes que “rotulam-se” professores.
Realmente uma triste conclusão, pois sei que esse problema no ensino se espalha pelo Brasil inteiro, o grande menosprezo da classe dos professores, que pra mim são divisores de águas na vida e formação de um pessoa. Para se dizer um deles, não precisa uma “formação específica”, e talvez por esse motivo que meu, nosso ensino, é o que é.

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