terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Desabafo...


Por Juliana Ramiro

Embora eu quisesse saber quem deitou na cama de que gosto tanto, os detalhes e a proximidade dos acontecimentos ferem. Ferem mas não a mim, e sim a tal necessidade de se ter uma certa importância e, principalmente, o estado de calmaria.
           A gente pergunta para compreender onde pisa e, no estante seguinte, arrepende-se de ter a resposta. Todo sentimento deveria nascer mais forte e mais seguro que seus antecessores. A instabilidade do posto tende a nos encaminhar à renúncia.
           É um passado que não passa, um presente que não se sustenta, um futuro que a gente só pensa. Com os pés pisando em cabeças, a gente se mexe pra ver como se encaixa, e se tem como pagar tal preço.
           Um dia é assim, no outro, o cinza ganha cor, e o mesmo lápis que risca este desabafo tem sua outra ponta utilizada para apagar tudo isso do papel, e, logo, com um só abraço, da cabeça.

4 comentários:

Dai Costa disse...

Desta vez não sei o que comentar
o que escreveu casou em mim
Introspecção

mesmo assim não pare de escrever

menos do que gosto, mais sempre que posso
estarei aqui

Juliana Ramiro disse...

obrigada, querida.
grande abraço.
e volta aqui sempre que der mesmo.

Anônimo disse...

Jamais devemos fazer perguntas sem ter certeza de que suportamos as respostas. Só não sei porque SEMPRE as faço! (Risos)

A vida e seus riscos. Riscos que nós escolhemos. (E como é bom correr riscos!)

Beijos!

Nanda

Juliana Ramiro disse...

vira a mexe a gente tropeça nas mesmas pedras... obrigada pelos comentário, Nanda.