terça-feira, 10 de maio de 2011

Parece que tudo é e foi dela




Por Juliana Ramiro


A cama estendida, meus sapatos dentro do armário, os pijamas dobrados, a pasta de dente, os pratinhos dos gatos cheios de comida. A escova no banheiro, ao lado da minha, a louça no escorredor, a pasta que organizo meus papéis, os bilhetes no mural, os filmes de um dia de molho. A barra de chocolate no balcão, o meu coração, a minha alegria, a minha casa.
É difícil ficar com todas essas coisas perto e longe do principal. E mesmo que nada disso existisse, ainda tenho lembranças, carinhos, conchinhas, abraços, histórias, sorrisos, risos, choros, planos e sentimento.
É impossível apagar tudo isso e não quero. É impossível não sentir falta. É impossível não lamentar pelo caminho. É impossível sorrir como antes. É impossível não lutar para ter o que é meu e tudo que é dela de novo.





“Vejo a vida passar sem graça
No vazio dessa casa
Fico a imaginar, você parece estar aqui
Pode ser que eu esteja sonhando demais
Só eu sei quanta falta você me faz” (Fábio Jr.)





2 comentários:

Maria Fernanda Candido Paetzel disse...

Amores nos fazem ir ao céu e ao inferno - por diversas razões. Mas sempre valem a pena, porque o 'amor' carrega nos braços a nossa alma - ou é nossa alma que carrega nosso amor em seus braços?

Fé - acima de tudo. O amor já está aí...

Beijos, Juzita!

Nanda.

Juliana Ramiro disse...

Obrigada, Nanda. =) Vais ter que passar aqui mais frequentemente agora. Estou escrevendo feito louca. beijo