domingo, 2 de outubro de 2011

Eu nunca amei alguém como eu te amei.


Por Juliana Ramiro

Virei noveleira. E a parte boa disso é que estou conhecendo muitas músicas novas, renovando minha playlist. Não sei se já escrevi isso aqui, mas as canções têm um espaço todo especial na minha vida. Elas, como numa novela, são a trilha sonora que embala meus dias. São elas as responsáveis por me fazer chorar num momento triste, chorar num momento feliz. As músicas me inspiram e, para começar a escrever esse post, já ouvi cinco vezes a mesma canção. Originalmente cantada por Roberto Carlos, “EU NUNCA AMEI ALGUÉM COMO EU TE AMEI”, na voz de Ivete Sangalo, é que lubrifica meus olhos nesta noite de domingo.

“Sorrisos e palavras são tão fáceis
Escondem a saudade que ficou
Mas acho que cansei dos meus disfarces
Quem olha nos meus olhos
Vê que nada terminou”


E quem olhar nos meus olhos ainda por muito tempo, hoje arriscaria dizer que para o resto da vida, verá que para mim não terminou. Onde foi parar o nosso encaixe perfeito? Por que é tão difícil admitir que o nosso amor é forte o bastante para nos fazer mudar tudo, para nos fazer querer ser uma pessoa perfeita. Ok, não existe alguém perfeitamente pronto para outro alguém e isso nem teria graça. Mas o amor tem desses devaneios, tentar ser perfeito para quem amamos pode parecer loucura, na minha cabeça é nobre.

Aprender com o erro. Repetir o acerto. Multiplicar os acertos. Surpreender sempre. Acolher. A palavra de ordem deve ser compreensão, não discussão. De uns tempos para cá aprendi que um relacionamento não pode ser um jogo de forças opostas, como num cabo de guerra. As forças precisam mirar a mesma direção, almejar o centro, o ponto que une, o elo, o meio, o interior, o amor.

Parece pouco e fácil brigar uma vez por semana, quatro brigas no mês. Difícil é reconhecer o erro, pedir desculpas, perceber o todo, deixando de lado o próprio umbigo. Usar o argumento certo na hora certa, sem jogo, sem ameaça. Reconhecer em si alguém que pode fazer uma pessoa feliz. E aceitar no outro essa mesma capacidade. E para que tudo dê certo, para que nunca precise ser o fim, aceitar que a felicidade está diante dos olhos, ao alcance das mãos.


“Há coisas que o tempo não desfaz
Há coisas que a vida pede mais
Se ainda estou tentando me afastar
Meu coração só pensa em voltar”



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4 comentários:

Maria Fernanda Candido Paetzel disse...

Minha querida, voltei! Desculpe a ausência. Sempre passo por aqui, mas a correria acabou fazendo com que eu não comentasse! O blog está lindo, aliás!

Quanto ao post: não há nada mais comum do que brigas em um "relationship"! Superá-las é o grande desafio! Tive recentemente um momento no meu relacionamento que fez com que ele se transformasse - que eu parasse e pesasse a importância que ele tem na minha vida. Às vezes a gente apenas vai vivendo, atropelando os dias e sendo atropelada por eles. Não paramos para viver as alegrias e dores com a mesma intensidade. Por isso muitas vezes perdemos um amor, simplesmente por não observar os detalhes (do outro e nosso).

As coisas sempre se ajeitam, é verdade - mas podemos fazê-las se ajeitarem da melhor forma para nós.

Se cuida, guria!

Beijão!

Juliana Ramiro disse...

adorei o comentário, Nanda. E pensamos muito parecido. Pra mim é crucial parar, pensar e evoluir dentro de um relacionamento. Obrigada por aparecer aqui de novo.

Beijão

:)

Lenina disse...

"um relacionamento não pode ser um jogo de forças opostas, como num cabo de guerra. As forças precisam mirar a mesma direção, almejar o centro, o ponto que une, o elo, o meio, o interior, o amor."

isso só acontece quando as duas pessoas estão inteiras em uma relação. quando ambas estão bem consigo mesmas,conseguem somar forças,caso contrário, a relação vira uma muleta e só subtrai, deixando saldos negativos.

Juliana Ramiro disse...

Bom ponto, Lenina.
Apoiada.
Cuidar do próprio jardim é fundamental para atrair as borboletas, já dizia o poeta.

Obrigada pelo comentário.