terça-feira, 19 de junho de 2012

Coisas que aprendi na vida



Por Juliana Ramiro

Histórias de amor duram apenas 90 minutos, no cinema um pouco mais. Lasanhas de microondas menos que isso e são feitas em 15 minutos. O tempo é sempre relativo, apaixono-me num instante, passo a vida tentando apagar o momento. Cada um sabe o que quer ser quando crescer. Poucos são os que realmente vão atrás disso e de todo resto. Amores são sempre possíveis e possivelmente vão acabar um dia. Amigos são a família que a gente escolhe e aumenta e encolhe ao longo dos anos. A verdade está sempre na boca de um peixe, não na minha, não na tua. Mentiras, mesmo que sinceras, interessam sempre e sempre mais a quem mente... e só. A chuva nem sempre lava tudo e nem sempre leva o que tentamos proteger. Poesias são sempre sensíveis e sempre deixam alguém sem entender. Nossos pais são porto seguro, mas é grande o número de pessoas que preferem Salvador. A vida nos prega peças e nós quadros pelas paredes da vida. Atitudes nos trazem esperança, e ter esperança nos traz mais atitude. Ninguém é bom o bastante que já não tenha esquecido a hora de calar. E esquecido da importância de ouvir. A hora do relógio nunca se repete, porque nunca será igual. Ter mais que ontem e menos que amanhã é o lema de quem não desistiu de si. Para uma amizade dar certo o segredo é a soma da terra com dois regadores cheios de água, um só não adianta. Num relacionamento muito mais do que sentir é preciso “regalar”. Nenhum domingo de chuva precisa ser cinza. A mistura comida pra fome, comida pros ouvidos, comida pros olhos e comida pro coração dão cor a qualquer dia preto. Todas as cores juntas acabam virando preto, o segredo é ir adicionando as cores num processo lento, pouco misturado, curtindo o arco-íris antes que o preto aponte. Todos nós temos tijolos e cada um faz o que quer com os seus. Eu construo casas, enquanto outros, muros. E existem aqueles que guardam a vida inteira sua pilha de tijolos, com medo do amanhã. E o amanhã chegou e eles não têm nada. Todos nós construtores temos obras e uma obra em comum: a vida. Há quem chore de triste. Há quem chore de rir. E há quem nem saiba a beleza de chorar. Há quem dê um sorriso com a metade da boca. Há quem seja feliz pela metade. E há quem busque de forma incessante a felicidade plena e não saiba que já a tem. Há quem perca o ar emocionado. E há quem ganhe o céu apaixonado. Há quem morra enquanto vivo. Há quem viva enquanto morto. Há milhões de pessoas no mundo que desenvolvem teorias sobre tudo. E há quem simplesmente toque seu barco pelos córregos da vida. Há quem ache isso certo. Há quem pense que aquilo é errado. E fim.

3 comentários:

Anônimo disse...

Adorei o jogo das palavras .. Muito Bom, parabéns.

Fabiano disse...

Achei ótimo mesmo! Acho que to construindo casas... Mas com muro alto =\ hehe bjooo e parabéns!!

Juliana Ramiro disse...

Obrigada pelos comentários.
E Fá, um muro nunca é alto o bastante pra alguém disposto. ACREDITE.