quarta-feira, 4 de julho de 2012

Todas as cartas de amor são ridículas E DAÍ?




Por Juliana Ramiro

Ela é um parque de diversões. Uma "jovem-senhora" cheia de detalhes, cores, alegrias, medos, pessoas, histórias, muitas histórias. Tenta ser prosa, reta, correta, completa e suficiente em si, sem margem para divagações, mas acaba sendo sempre, para mim, muito mais verso.


Daqueles versos que nunca acabam em si, que cada um leva um pouco consigo, uma interpretação própria. Daquelas poesias que se pode ler todos os dias e que sempre vai se ter algo novo, alguma mensagem. Daqueles versos que sempre te emocionam de um jeito diferente, e diferentemente bom. Ela seria meu livro de cabeceira, durante anos, para não dizer pela vida toda.


Falar dela e não falar da sua agenda é um pecado. Tudo está lá, até o que foge dos planos. Dona da arte de dizer, dizer e não dizer nada e, no estante seguinte, contar uma história numa única frase, ela é felicidade garantida. E garantida porque sabe perceber o outro, sabe agradar, respeitar, pegar no colo, puxar a orelha, dividir o peso, dividir um domingo, uma cama, uma semana, uma vida.


Só posso terminar minha descrição dela, dizendo da minha felicidade de ter alguém assim na minha vida.


Todas as cartas de amor são ridículas E DAÍ?



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