terça-feira, 5 de outubro de 2010

Aperto nosso ponto final...

Por Juliana Ramiro


Ele pula e tremo
Ele aperta e como meus dedos
Ele grita e sigo teus passos
Ele desespera e escrevo


Ele relaxa e chego a ficar bem
Ele mexe e a calmaria se vai
Ele fala e a cabeça se esvai
Ele retorce e penso em ir atrás

Ele cresce e já não consigo compor
Ele encolhe e a dor parece pior
Ele me escapa e não consigo falar
Ele te procura e meus olhos ao cais

Ele transborda e não sou mais racional
Ele chora e volto a tremer
Ele soluça e escrevo um pouco mais
Ele pára e aperto nosso ponto final

(Ouvindo a música Telhados de Paris - versão do Nenhum de Nós)

2 comentários:

Anônimo disse...

Atenção quando ele disparar! Este é o sinal mais claro que ele transmite.

Tenho na lembrança uma vez em que ele quase pulou pela minha garganta. Latejou na jugular, inquieto, emocionado,apressado ... enquanto eu tentava engoli-lo - para que estivesse viva a tempo de receber o abraço e o beijo daquela que se aproximava. Consegui segurá-lo no limite. Ele se acalmou em um beijo longo e doce. Só de relembrar, já sinto que ele se agita no peito. Esta cena e colorida sensação - nunca sairão da minha memória.Tenho certeza!

É...ele é phoda!

Que delícia de emoção você me fez recordar, Jú! Obrigada!

Parabéns por cada letra escrita aqui.

Beijos!

Juliana Ramiro disse...

obrigada Fê, escrever aqui também significa reviver pra mim.
Como é lindo reviver alguns momentos, agora de um novo ângulo.
Que o presente nos desculpe, mas o passado as vezes merece ser lembrado, revivido em verso.